Após ser alvo do MP, arrastar mais gente a ser investigado, Monark se defende ou se complica dizendo que estava bêbado

Pelo menos foi essa justificativa que o apresentador do “Flow Podcast“ Monark usou para justificar ataques a comunidade judaica que repudiam fala antissemita e em defesa do Nazismo do apresentador na segunda-feira 07. O também deputado Kim Kataguiri entrou de gaiato no programa e será investigado por apologia ao nazismo pela PGR

Por Redação

Tudo começou durante uma entrevista onde Monark, apresentador do Flow Podcast, ter defendido a existência de um partido nazista no Brasil, e que a legenda ainda fosse legalizada. Participaram os deputados federais Tábata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (Podemos). Monark afirmou que a esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter espaço na minha opinião, disse ele. “Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, emendou o embriagado que ao fazer devidas apologias onde deverá responder por todas elas nos termos da lei.

Em reportagem da Revista Fórum, informa que o coletivo Judeus e Judias pela Democracia de São Paulo entrará com representação criminal contra Bruno Aiub, conhecido como Monark, para que ele seja investigado pelos crimes de apologia ao nazismo, incitação à violência, injúria racial e intolerância religiosa. As ações foram encaminhadas ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Ministério Público Federal (MPF) e à Procuradoria-Geral do estado de São Paulo. Agora, o entrevistador para se defender diz que naquele momento estava bêbado. Se sim ou não, precisa e deverá responder pelos seus atos, falas e atitudes.

O advogado Ricardo Brajterman, disse que já estão sendo tomadas medidas na esfera criminal e na esfera cível, pensando até num dano moral coletivo, diante da gravidade da fala. “Ali não houve uma hipótese de injúria racial, portanto voltada a uma única pessoa, ali o crime é difuso. A princípio, qualquer cidadão que tenha se sentido ofendido tem legitimidade para fazer uma denúncia”, explicou Ricardo que é um dos membros do coletivo Judeus e Judias pela Democracia do Estado de São Paulo.

Kim Kataguiri será investigado por apologia ao nazismo pela PGR

O deputado de extrema direita do partido de Sergio Moro disse, no episódio antissemita protagonizado por Monark, que “Alemanha errou ao criminalizar partido nazista”. Aras quer que ele responda também. Onde errou deve ser explicado, assim como outras coisas que envolvem sua conduta,seu apoio ao ex-juiz suspeito Sérgio Moro, atos antidemocráticos e agora mais essa de apoiar o Nazismo. No entento será será investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por ter dito durante a entrevista que “a Alemanha errou ao criminalizar o partido nazista”.

A determinação para que o parlamentar seja investigado pelo crime de apologia ao nazismo foi dada pelo procurador-geral da República Augusto Aras, que será assessorado por especialistas criminais da PGR. Há poucos dias Aras disse em seu discurso na abertura do ano legislativo no Congresso que “todo discurso de ódio deve ser rejeitado com a deflagração permanente de campanhas de respeito a diversidade como fazemos no Ministério Público brasileiro para que a tolerância traga paz e afaste a violência do cotidiano”. No caso de Kataguiri, por ser deputado federal e ter foro privilegiado (apenas o Supremo Tribunal Federal pode julgá-lo), a ação de investigar só pode ser realizada por Aras.

Numa tentativa de recuar diante do problema que arranjou por ter endossado as palavras de Monark, Kataguiri emitiu uma nota oficial nesta terça-feira 08, por meio de seu gabinete em Brasília, dizendo que é “muito melhor expor a crueldade dessa ideologia nefasta para que todos vejam o quanto ela é absurda”, ainda que não tenha ficado claro em que nível essa justificativa atenua sua primeira declaração.

Em seu perfil oficial no Twitter, o deputado atacou a PGR e citou os casos em que Aras nada faz contra as barbaridades cometidas por Jair Bolsonaro e seus filhos. “É aterrador que o PGR, que sempre faz vista grossa para crimes que realmente aconteceram tenha agido tão rápido. Entende-se que o fato de Aras jogar as coisas do Bolsonaro para debaixo do tapete não pode ser usado como justificativa para seus atos. Se até hoje se perguntam como Bolsonaro se tornou presidente, pode-se também indagar como esse “guri” se tornou deputado. Para não aprofundar em torno do fato, me resuma a dizer que tudo foi o momento da grave doença que passa o Brasil e seu povo.

Com informações da Revista Fórum

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