Dois dias após se reunir com o deputado Luis Miranda (Democratas) e admitir que sabia que seu líder na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas), liderava um esquema de corrupção na compra superfaturada da Covaxin. Em cima disso Miranda diz que “vários do Centrão falaram que estão preparados para abandonar o barco”
Com Brasil 247
Foi dois dias após se reunir com o deputado Luis Miranda (DEM) e admitir que sabia que seu líder na Câmara, Ricardo Barros (PP), liderava um esquema de corrupção na compra superfaturada da Covaxin, Jair Bolsonaro concedeu uma audiência ao deputado do PP. Em sua postagem do dia 18 de março, mostra que ele e Bolsonaro tiveram uma “boa conversa” no gabinete presidencial. Seria neste dia que sairia o beneficio de Bolsonaro nomeando Maria Aparecida, mulher de Barros, para uma cadeira no conselho de administração de Itaipu, para receber R$ 27 mil “para comparecer a reuniões que acontecem de dois em dois meses”, informa blog de Lauro Jardim n’O Globo. Dinheirinho nada ruim para trabalhar tão pouco.
O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid, anunciou, neste sábado, 26, que a comissão no Senado vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro por crime de prevaricação, pois ele sabia que seu líder na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), estava envolvido em esquema de corrupção relacionado à Covaxin, mas deixou acontecer.
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) neste sábado 26 que um dia após ter denunciado na CPI da Covid, junto com seu irmão, o escândalo de corrupção na compra da vacina Covaxin, que recebeu mensagens de apoio de parlamentares da base do governo após seu depoimento.
Questionado, em entrevista ao Antagonista, se esses políticos poderiam abandonar o barco de Jair Bolsonaro, Miranda respondeu: “Com clareza”.
“Vários do Centrão falaram que estão preparados para abandonar o barco […]. Eles sabem que estou falando a verdade. Essa história do Ministério da Saúde entre os parlamentares é de largo conhecimento”, declarou, sem citar os nomes de quem seriam esses parlamentares.
Beneficiário: Ricardo Barros
Durante seu depoimento no Senado, Luis Miranda contou mais de uma vez que Jair Bolsonaro disse a ele, num encontro pessoalmente no Palácio da Alvorada, que o esquema de corrupção na Covaxin era “coisa de fulano”, referindo-se a um deputado, que ele insistiu não se lembrar do nome.
Após mais de sete horas de sessão, o parlamentar acabou admitindo que este deputado era Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara. Seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e é o autor de fato da denúncia, revelou que uma servidora passou por cima dele para autorizar a compra da vacina indiana. Esta servidora, Regina Célia Silva Oliveira, teria sido indicada por Barros para um cargo no Ministério.
Bolsonaro admite ter recebido denúncia e ataca CPI
Em live nas redes sociais, Jair Bolsonaro admitiu ter recebido a denúncia de corrupção do deputado de sua base e atacou o parlamentar com ameaças: “vai se dar mal”. Neste sábado (26), durante motociata em Chapecó (SC), ele atacou a CPI e disse que “não vão ganhar no tapetão”. “Temos uma CPI de 7 pilantras, que não querem investigar quem recebeu o dinheiro, apenas quem mandou o dinheiro”, disse.
Bolsonaro admite ter recebido denúncia e ataca CPI
Em live nas redes sociais, Jair Bolsonaro admitiu ter recebido a denúncia de corrupção do deputado de sua base e atacou o parlamentar com ameaças: “vai se dar mal”. Neste sábado (26), durante motociata em Chapecó (SC), ele atacou a CPI e disse que “não vão ganhar no tapetão”. “Temos uma CPI de 7 pilantras, que não querem investigar quem recebeu o dinheiro, apenas quem mandou o dinheiro”, disse.