Durante a CPI da Covid, parlamentar do Cidadania fez paralelo entre a atuação dos dois, no Holocausto e na pandemia, já o relator completou a ofensiva comparando mortes na gestão Pazuello a guerra do Paraguai
Da Redação
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) comparou, na tarde desta quinta-feira 20, atuação do ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello, durante a pandemia, à do oficial nazista Adolf Eichmann, tenente-coronel nazista e um dos principais organizadores do Holocausto.”Um cidadão militar, que serviu a um projeto de poder, e não parou um instante para analisar as características do que fazia”, comparou Vieira, por volta das 13h, na sessão da CPI da Covid. Na ocasião do intervalo o presidente da CPI questionou o senador por achar o termo muito ofensivo, mas não dá pra esquecer os 441 mil mortos no Brasil e essa conta terá que ir para alguém ou alguns mais cedo ou mais tarde.
Segundo o Brasil de Fato, Vieira leu uma análise do perfil de Eichmann à época do seu julgamento em Jerusalém, em 1962 – “Ele não possuía histórico ou traços preconceituosos, não apresentava características de um caráter distorcido ou doentio. Ele agiu segundo o que acreditava ser seu dever, cumprindo ordens superiores e movido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica burocrática. Cumpria ordens sem questioná-las com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre as consequências que elas pudessem causar.”
O senador nordestino de Sergipe detalhou os motivos da comparação dizendo – “Faço essa referência porque, muito claramente, nos contatos que tivemos o senhor nunca se portou com desrespeito à vida. Pelo contrário, quando telefonei pedindo respiradores para o estado de Sergipe, o senhor conseguiu dar um atendimento super célere. Salvou vidas naquele estado. Mas, no conjunto da obra, no exercício de uma política de saúde, o senhor falhou. E tenho absoluta convicção que não falhou por decisão sua”, disse o senador na CPI.
O senador ainda completou afirmando que o general Eduardo Pazuello atendia ordens do presidente Bolsonaro ao ponto de assumir seus atos insanos contra a vida dos brasileiros que sofrem no psicológico, na economia e dor pelos familiares e amigos perdidos. Após a declaração de Vieira, a sessão foi interrompida para intervalo, e não houve resposta por parte do ex-ministro. Já Eichmann foi considerado culpado por crimes de guerra e enforcado em 1962.
Depois dessa retórica devastadora do senador sergipano, veio o relator da CPI Renan Calheiros que continuou o bombardeio contra o general bolsonarista, desta vez para se pronunciar perguntas do senador Jorge Kajuru do (Podemos-GO), que por motivo de saúde não pode comparecer, Calheiros então pegou uma folha de papel e fez perguntas a Pazuello – “O senhor é sócio de alguma empresa que presta serviço para o Governo Federal? seja objetivo e responda sim ou não! E continuou – “O senhor é presta ou prestou algum serviço com sua empresa para o Governo Federal? No mesmo tom – seja objetivo! Ou sim ou não.
Depois Renan Calheiros fez um comparativo a guerra do Paraguai, onde foi um conflito de longa duração que aconteceu de 1864 a 1870 e teve como estopim o choque de interesses entre Paraguai e Brasil na Guerra Civil Uruguaia. Na ocasião morreram 100 mil brasileiros em quase 6 anos de guerra, disse Renan. Já o senhor Pazuello, em menos de 11 meses na frente do Ministério da Saúde as mortes por covid-19 cresceram 9 vezes durante gestão interina do general. A primeira ação efetiva de Pazuello no cargo foi atender ao pedido de Bolsonaro: recomendando uso d a cloroquina para todos os pacientes de covid-19.
Fechando o bombardeio ao general bolsonarista na CPI da Covid ou do Genocídio, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou 14 mentiras de Pazzuello até aquele momento na comissão, assim entre bombardeios e bajulações de governistas, a CPI continua e nós vamos acompanhando de perto tudo que está acontecendo com detalhes especiais em mais uma series de capítulos dramáticos para a historia do Brasil.
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