Políticos e especialistas citaram gastos desnecessários com a cloroquina e criticaram a suspensão
RBA – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (6) que o Ministério da Saúde suspendeu a compra de seringas para a campanha de vacinação contra a covid-19. Pelo Twitter, Bolsonaro disse que toda compra de seringas está suspensas “até que os preços voltem à normalidade”. Bolsonaro também afirmou que estados e municípios têm estoques do material para o início da imunização. Na postagem, o presidente também voltou a atacar a imprensa. Segundo ele, a mídia promove uma “falácia” na cobertura da vacinação em outros países.
Na semana passada, o Ministério da Saúde já havia fracassado na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas. Em pregão eletrônico realizado, a pasta conseguiu adquirir apenas 7,9 milhões de unidades das 331 milhões planejadas (apenas 2,4% do total). Tal ação, ainda que fracassada, contraria a declaração atual que afasta a urgência na aquisição desses insumos.
Reação
Como não poderia ser diferente, a decisão do presidente causou uma série de reações negativas nas redes sociais. Políticos e internautas criticaram Bolsonaro, lembrando dos recursos que foram gastos na produção de cloroquina. No início da pandemia, ele mandou o Exército ampliar a produção do medicamento, que não tem eficácia comprovada no tratamento da covid-19.
O ex-candidato a presidente da República e a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol-SP) reagiu à decisão do presidente. Para ele, não se trata apenas de mais um caso de incompetência do governo federal.
O também ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT-CE) classificou a fala de Bolsonaro como “hipocrisia”.
Podemos resumir o que diz Paulo Florence também usando o Twitter – “Bolsonaro não é, somente, um péssimo presidente. Pior, ele joga contra a vacinação, o auxílio emergencial, o bolsa família, o salário mínimo, a educação pública. Têm que ser impedido! Fora Bolsonaro! #BolsonaroPedePraSair“. Finalizou Paulo Florence.
Com informações do RBA