Enquanto governo Bolsonaro trava a vacina, Lula como presidente vacinou 80 milhões de brasileiros em apenas três meses
Da Redação
Na época de Lula não tinha briga quando o assunto era vida dos brasileiros, foi assim que Alexandre Padilha, ex-ministro da saúde no governo Lula recordou nesta segunda 21, com prazer. O legado da campanha de vacinação implementada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em meio à pandemia do vírus H1N1, entre 2009 e 2010, deveria ser usado como exemplo pelo governo Jair Bolsonaro. Essa também é a visão do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), então ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula (PT) e que seria ministro da Saúde entre 2011 e 2014. H1N1 ficou conhecida na época por gripe suína.
Em 2010, o país foi o que mais vacinou cidadãos contra H1N1 pelo sistema público no mundo. A gripe A foi considerada uma pandemia global até agosto daquele ano, e matou 2,1 mil brasileiros. A imunização contra o vírus H1N1 começou em março de 2010 e pretendia conter uma “segunda onda” de casos da doença no outono e no inverno.
O Ministério da Saúde definiu então cinco grupos prioritários para a vacinação: indígena, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças entre seis meses e dois anos de idade e jovens com idade entre 20 e 39 anos. Diferentemente da covid-19, os idosos não eram considerados grupo de risco.
“O Brasil tem todas as condições financeiras, institucionais e técnicas de fazer um grande plano de vacinação para todos e todas. Na pandemia de H1N1, eu era ministro [da Saúde] do presidente Lula, e em 2010 foram mais de 100 milhões de pessoas vacinadas. Destas, 80 milhões em apenas três meses”, ressalta Padilha.
Segundo Padilha, “Temos instituições públicas, temos tradição, temos o SUS, temos pesquisadores que conhecem de vacina e temos todos os recursos necessários. O problema é que o governo Bolsonaro é contra o programa nacional de imunização”, critica o ex-ministro. Bolsonaro e sua equipe virtual detonam a vacina de forma explicita. Não por menos que o tribunal de Haia esta investigando uma possivél punição ao presidente brasileiro.
O ano de 2019, o primeiro sob governo Bolsonaro, foi também o primeiro do século em que o Brasil não atingiu a meta de vacinação em crianças. Embora tenha autorizado R$ 20 bilhões para compra de vacinas, Bolsonaro segue em um esforço de contrapropaganda da imunização. Ele próprio afirma que não pretende se vacinar e, em outubro prometeu que não liberaria a entrada da “vacina da China” – modo pejorativo como se refere à CoronaVac, modelo que está na fase 3 de testes.
Segundo o Brasil 247, Lula criticou Bolsonaro nesta segunda-feira usando sua conta no Twitter, “”O Brasil tinha um governo que cuidava das pessoas. Ninguém virou jacaré”, afirmou o ex-presidente Lula em referência à vacinação contra a H1N1 (gripe suína) quando ele governava o País. No Brasil atual, Jair Bolsonaro violou recomendações da OMS e cometeu crimes de responsabilidade, sendo alvo de pedidos de impeachment que ainda estão engavetados”. disse Lula.
Com informações do Brasil de Fato